*Você vê coisas e diz: Por quê? Mas eu, sonho coisas que nunca existiram e digo: Por que não?*

George Bernard Shaw

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Maquina do tempo

O breu dos meus úmidos olhos alimenta sua tímida presença,



Serpenteando minhas lembranças...


Uma oprimida ilusão do que e fui com vc, ou, o que eu teria sido...


Ilusão...Ilusão...


”Não sei dizer”


Talvez fosse apenas um sapato de cristal quebrado...


”Eu tentei calçá-lo...Eu juro que tentei”


Eu não ouvi os doze badalar, creio que nem cheguei a ouvir um...


Aquele olhar anulavam meus sentidos.


Era uma escolha simples: “estar ou ser”...


Eu escolhi fugir...Que ironia!


Em minha coroa de ouro nasceram espinhos...


Eu fugi...


Não adianta procurar-me, Não estou em lugar algum...


Sou apenas um reflexo no espelho partido...


Eu simplesmente não mais existo!!!


Não me procure. O que restou de mim, e, em mim é vazio...


Daquela dança só sobrou o ruído inexprimível de um coração covarde e arrependido...


Eu fugi...


Virei as costas pra vc e pra mim...


Eu não consegui decifrar o enigma do teu sorriso...


“eu nem tentei”


Vc era demais para como eu...


Uma analogia entre a imensidão do céu e um pássaro ferido...


Eu simplesmente não existo!!!


Nada se compara ao som do teu riso...


As tímidas lembranças me afugentam...


A ilusão não aniquila meu ar...


Ah...o que eu não daria pra ter uma maquina do tempo...


Me obrigaria a existir, somente pra viver aquele momento...


“Como se fosse possível”


Acende em mim a luz da nostalgia.


Asas de borboletas chicoteiam a cor solida dos meus olhos sombrios,


Enquanto, passos frenéticos me arrancam do paraíso dos teus braços estendidos...


“Agora tudo faz sentido”


...”Parei de respirar”...


consigo sugar o ar solitário das noites frias...


O meu vazio me basta...”Que mentira”


Eu aprendi a viver cada dia como um suspiro ilusório...


Não me apunhale, nem mesmo, se eu estiver morta,


Deixe essa parte para mim, eu sei fazer de um jeito mais doloroso...”Eu pratiquei.”


Se algum dia alguém perguntar :”quem eu fui?”


Não tenha receio de dizer:”Eu não sei”...


De onde estiver vou ser o som rouco que ecoa da sua voz..


Não se dá nome ao vazio...


“Eu simplesmente não mais existo!!!”






D.Valente

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